SHEILA ORTEGA
Nasceu em São Paulo, onde vive e trabalha. Mestra em Artes Visuais e Bacharela em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da UNESP.
Desenvolve sua pesquisa artística a partir do interesse em integrar elementos dos ambientes domésticos com memórias afetivas para a construção de narrativas. A pintura, a cerâmica, a fotografia e as instalações são os principais suportes utilizados pela artista que explora os tensionamentos relativos ao espaço, arquitetura, memória e tempo para explorar a natureza-morta e o estudo da composição na tradição da pintura.
Participa de acervos e exposições individuais e coletivas nacionais e internacionais, entre eles o da Fundação Bienal de Cerveira (Portugal) e o AR – Acervo Rotativo-(Brasil). Docente do curso de Bacharelado em Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina (FASM).
CV
FORMAÇÃO
2002 - 2004 –Mestre em Artes Visuais – Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Instituto de Artes.
1998 - 2001 – Bacharel em Artes Plásticas – Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Instituto de Artes
CURSOS EXTRACURRICULARES (SELECIONADOS)
2022-2021 - Casa Tato 5 – Programa para artistas – Galeria Tato
2023 - 2018 - Ateliê Fidalga – Grupo de estudos – Sandra Cinto e Albano Afonso.
2013 - 2017 - Ateliê Coletivo 2e1 - Acompanhamento de projetos e processos – Carolina Paz, José Bento Ferreira, Douglas de Freitas, Bruno Mendonça, Monica Rizzolli, Daniel Caballero.
2012 – 2011 Grupo de Estudo em Produção de Arte Contemporânea – Paulo Miyada e Pedro França, Instituto Tomie Ohtake.
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS (SELECIONADAS)
2023 - Por um dia. São Paulo, SP. Casagaleria. Texto crítico e curadoria. Silvia Meira e Loly Demercian
2022 - Domesticados. Auckland, Nova Zelândia, Smith Gale
2019 - Programa de Exposições. Ribeirão Preto. MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto.
2017 - Manual de sobrevivência - GAIA - Galeria do Instituto de Artes –UNICAMP, Campinas, SP.
2016 - Manual de sobrevivência, Centro Cultural Adamastor , Guarulhos, SP.
2016 - Manual de sobrevivência, Fundação Cultural Badesc , Espaço Fernando Beck, Florianópolis, SC.
2015 - Coletar o mundo, Alpharrabio, Santo André, SP.
2013 - Das coisas que não se movem, Museu de Arte de Goiânia – MAG, Goiânia, GO.
2013 - Coletar o mundo, MUnA, Uberlândia, MG.
EXPOSIÇÕES COLETIVAS (SELECIONADAS)
2024 - Caminhos. São Paulo, SP, Galeria Andrea Rehder Arte Contemporânea, curadoria Andrea Rehder e Nina Lacaz.
2023 - Esculpindo (Horizontes). São Paulo, SP, Galeria Tato, organização Tato DiLascio.
2023 - Horizontes. São Paulo, SP, Galeria Tato, organização Tato DiLascio.
2023 - Poéticas do sensível. São Paulo, SP, Espaço 8, curadoria de Sissa Aneleh.
2022 - Artérias na ceRÂmica. São Paulo, SP, Andrea Rehder Arte Contemporânea, curadoria de Andrés Hernández.
2022 - Multiplicidade das coisas. Campinas, SP, Subsolo Laboratório de Arte, curadoria de Andrés Hernández.
2022 - Camadas. São Paulo, SP, Galeria Tato, curadoria de Mariana Leme.
2021 - Os encontros, as contingências. São Paulo, SP, Galeria Tato, curadoria de Mariana Leme.
2021 - AR: Acervo Rotativo. Adelina Instituto / Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, SP, curadoria de Laerte Ramos.
2021 - 100 a 1000. Galeria Tato / Espaço Ophicina, curadoria de Nancy Betts e Rejane Cintrão.
2021 - Doações do Museu - BIENAL DE CERVEIRA – Fundação Bienal de Cerveira – Portugal .
2020 - XXI BIENAL INTERNACIONAL DE ARTE DE CERVEIRA – Fundação Bienal de Cerveira – Portugal .
2020 - 45º SARP - Salão de Arte de Ribeirão Preto - Nacional Contemporâneo,
2020 - MARP—Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP.
2018 - Tema Livre – Projeto Fidalga – São Paulo – SP
2017 - O lugar do outro lugar – Elefante Centro Cultural – Brasília - DF.
2017 - O lugar do outro lugar - Coletivo 2e1 - São Paulo, SP.
2016 - Sobre o que pode ser familiar - Arte Londrina 4, DAP, Londrina, PR.
2015 - 47° SAC - Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, Pinacoteca Municipal “Miguel Dutra”, Piracicaba, SP.
2014 - 5° Salão dos artistas sem galeria, Zipper Galeria, Casa da Xiclet, São Paulo, SP.
2014 - ABRE ALAS 10, Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, RJ.
2014 - 42º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Santo André, SP.
2013 - 4° Prêmio Belvedere Paraty de Arte Contemporânea, Paraty, RJ.
2013 - Pós-paisagem - Arte Londrina, DAP, Londrina, PR.
2012 - Ritos Baldios, Paço das Artes, São Paulo, SP.
PRÊMIOS / COLEÇÕES PÚBLICAS
2021 - Fundação Bienal de Cerveira – Portugal [Work in Collection]
2021 - AR - Acervo Rotativo – Brasil [Work in Collection] - N˚ // Ar-0241/A, N˚ // Ar-0241/B
2020 - FUNARTE - Artes Visuais - Respirarte
2016 - Fundação Cultural BADESC, Edital de exposições 2016.
2016 - 14º Salão de Arte Contemporânea de Guarulhos.
2015 - 47° SAC - Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba.
2013 - Museu de Arte de Goiânia - MAG, [Work in Collection]
PROJETOS
2018 - Tema Livre, coletiva e caixa com obras dos artistas participantes do grupo de estudos do Ateliê Fidalga, (SP, Brasil ), a convite da idealizadora do projeto: Sandra Cinto (35 exemplares).
2016 - O Lugar do Outro Lugar, obra/caixa com 14 postais e libreto desenvolvidos a partir das obras dos artistas participantes do grupo de estudos do Coletivo 2e1, a convite da idealizadora do projeto: Carolina Paz. [80 exemplares].
As Pinturas de Sheila Ortega
Tramas e conexões fragmentadas se fundem ludicamente nas pinturas de Sheila, como numa conversa informal ou em uma brincadeira, em extensões de movimentos e formas expandidas de cores, compartilham, simultaneamente o intimo, o privado e as minúcias do cotidiano da artista.
A complexidade em que aparecem a coleção de imagens e os objetos, nos leva a tentativa de descobrir algo nas ordens contaminadas por incompatíveis montagens. Em uma imersão do acaso, vagando entre a desorientação e o entendimento, sentidos do agrupamento, trazem marcas do vivido, num ambiente de relações improvisadas, o trânsito dá destaque a tensões entre ruídos da memória e a dissonante realidade.
A contaminação transborda e exprime falas diversas que se absorvem, se misturam, se degustam, do dentro para fora, rompem a ordem linear do discurso. Desafia a clareza do cenário, confunde os limites, legitimam ligações provisórias, o compromisso com algo, o deslocamento e a fluidez de percepções dispersas e sobrepostas, que não se alinham.
As cores na medida da alegria são a junção dos elementos da sensibilidade, em proporções geométricas, exprimem uma contiguidade, se construindo em formas, ornamentam elos de concepções aleatórias e oníricas, não domesticadas, acolhem o invasivo, sucessão dos eus, de mundo sobrevivente.
A interação de amontoados fascina pelos retalhos das vozes presentes, uma natureza morta onde, o golpe da razão cria conexões que se enfrentam, inserções do passado atravessam os espaços-tempos da condição presente.
Silvia Miranda Meira